A fila de espera para a concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alcançou 1,8 milhão de pessoas em setembro de 2024, conforme divulgado no Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps). Esse número alarmante revela um aumento expressivo, se comparado ao início do ano, quando 1,5 milhão de segurados aguardavam resposta. Esse crescimento é atribuído à maior demanda de requerimentos após a Reforma da Previdência de 2019 e a greve dos servidores, que paralisou atividades de julho a novembro deste ano.
Apesar da afirmação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, de que a paralisação não afetou o andamento das análises, a fila de espera disparou após julho, acumulando processos que aguardam avaliação. Segundo dados de setembro, cerca de 1,1 milhão de pessoas esperam por uma resposta há menos de 45 dias, enquanto 705 mil estão com processos parados há períodos superiores, gerando frustração e ansiedade entre os beneficiários.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, prometeu trabalhar para reduzir o tempo de espera, ainda que eliminar totalmente a fila seja uma meta que considera “impossível”. Atualmente, o tempo de resposta pode superar os 45 dias previstos pela legislação, causando preocupação entre os segurados.
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