O Instituto José Frota (IJF), um dos hospitais públicos mais importantes de Fortaleza, está enfrentando uma grave crise de infraestrutura e falta de recursos, o que tem impactado diretamente no atendimento à população. Com a superlotação de leitos, a unidade tem sido obrigada a improvisar espaços, como o uso de papelão para acomodar acompanhantes, devido à escassez de camas e materiais básicos. A situação se agrava ainda mais com a suspensão de cirurgias, o que coloca em risco a saúde de pacientes que aguardam por procedimentos essenciais.

Além da superlotação, o hospital enfrenta uma grave falta de medicamentos essenciais, com 270 tipos de remédios em falta. Isso compromete o tratamento de pacientes, especialmente aqueles em condições mais graves, que dependem de medicamentos contínuos para sua sobrevivência. A escassez de recursos tem gerado um ambiente de extrema pressão para os profissionais de saúde, que se veem sobrecarregados e incapazes de atender a demanda crescente de forma adequada.

Esse cenário de caos no IJF é um reflexo de uma crise maior na saúde pública do Ceará, onde a falta de investimento e a gestão ineficiente estão deixando o sistema de saúde em colapso. A demanda por atendimentos médicos cresce a cada dia, mas os recursos não acompanham esse ritmo, o que resulta em uma verdadeira luta pela sobrevivência no atendimento público. A situação expõe a fragilidade do sistema e coloca em risco a saúde de milhares de cidadãos que dependem dos serviços do hospital.

A falta de ação das autoridades responsáveis apenas intensifica o sofrimento da população, que se vê diante de um sistema de saúde falido e sem a mínima infraestrutura para garantir um atendimento digno. A crise no IJF não é apenas um problema local, mas um alerta para a precariedade da saúde pública no estado, exigindo medidas urgentes para reverter esse quadro e evitar que mais vidas sejam comprometidas pela negligência e falta de recursos.