China critica tarifas dos EUA e cobra fim de medidas comerciais
O governo da China voltou a se posicionar contra as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, classificando as medidas como “equivocadas” e “injustificadas”. A declaração foi feita neste domingo (13) pelo Ministério do Comércio chinês, que solicitou a eliminação total das tarifas recíprocas.
O pronunciamento acontece poucos dias após os EUA anunciarem uma nova lista de produtos chineses que terão isenção temporária de tarifas de importação. Entre os itens beneficiados estão eletrônicos como celulares e computadores, especialmente aqueles produzidos por grandes empresas norte-americanas como Apple e Dell.
Pequim minimiza a decisão dos EUA
Apesar da iniciativa, o governo chinês considerou o gesto um “pequeno passo” e afirmou que ainda está avaliando os impactos práticos da medida. Segundo o comunicado oficial, a decisão de isentar alguns produtos não altera o fato de que a maioria dos itens chineses ainda enfrenta tarifas de até 145% ao tentar ingressar no mercado norte-americano.
A declaração reforça o posicionamento histórico da China contra o que chama de práticas comerciais desequilibradas e discriminatórias. De acordo com Pequim, essas medidas prejudicam não apenas as empresas chinesas, mas também afetam negativamente cadeias produtivas globais e consumidores americanos.
Impasse comercial continua
A tensão comercial entre China e Estados Unidos é um dos principais pontos de instabilidade na economia global. Mesmo com avanços pontuais, como isenções parciais ou renegociações setoriais, o impasse permanece.
O Ministério do Comércio da China concluiu seu comunicado com um apelo direto: “Esperamos que os Estados Unidos corrijam seus erros e adotem uma postura racional e respeitosa no comércio internacional.”
Especialistas apontam que, embora o alívio temporário para alguns produtos possa beneficiar empresas americanas, as tarifas em vigor continuam sendo um obstáculo significativo para o comércio bilateral. A busca por uma solução duradoura ainda depende de avanços diplomáticos mais profundos e concessões mútuas.
Com os mercados atentos, a expectativa é de que novos anúncios ocorram nos próximos meses, à medida que os dois países tentam equilibrar interesses econômicos e políticos.