Deputado Gilvan deseja morte de Lula durante sessão na Câmara
Durante uma sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (8), o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) causou polêmica ao declarar publicamente que “quer que o presidente Lula morra”. A fala ocorreu durante a apresentação de um projeto de sua autoria e gerou forte repercussão política.
Gilvan é o relator de uma proposta controversa que prevê o desarmamento dos seguranças pessoais do presidente da República. O projeto foi aprovado na comissão, mas ainda precisa ser submetido à votação no plenário da Câmara antes de seguir para outras etapas legislativas.
A declaração do parlamentar repercutiu negativamente nas redes sociais e foi alvo de críticas de colegas parlamentares, inclusive de partidos de diferentes espectros ideológicos. A fala reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão dentro do Congresso Nacional e levantou preocupações sobre a propagação de discursos de ódio por autoridades públicas.
Parlamentares já articulam uma possível representação contra Gilvan da Federal no Conselho de Ética da Câmara, o que pode resultar em sanções disciplinares, caso o comportamento seja considerado incompatível com o decoro parlamentar. O episódio também reforça a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o papel institucional dos deputados e a responsabilidade de suas declarações públicas.
Até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se pronunciou sobre o episódio. No entanto, líderes governistas e opositores têm se manifestado pedindo providências e mais respeito ao cargo máximo da República.
O caso coloca em evidência a tensão política que permeia o Congresso Nacional, em um cenário cada vez mais polarizado. Especialistas em direito constitucional e ética política também comentam que a liberdade de expressão dos parlamentares deve estar sempre alinhada aos princípios democráticos e ao respeito às instituições.
Enquanto a repercussão continua crescendo, os próximos passos sobre o caso devem ocorrer no âmbito interno da Câmara dos Deputados. A expectativa agora recai sobre uma possível ação do Conselho de Ética diante da gravidade da declaração proferida por um membro do Legislativo.