O estado do Ceará enfrenta uma situação crítica com a volta de 100% das regiões atingidas pela seca, conforme apontado pelo Monitor de Secas no relatório de outubro, divulgado em 20 de novembro. Essa abrangência total não era registrada desde julho de 2021, marcando um retorno a esse cenário após um período de 27 meses.
O Monitor de Secas, uma iniciativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico em colaboração com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), revelou que, em outubro, todas as 184 municipalidades do estado apresentaram índices de seca relativa.
A situação climática no Ceará foi desafiadora em 2021, com um regime de chuvas abaixo da média comprometendo o abastecimento dos açudes. Embora tenha havido uma melhoria significativa com a pré-estação chuvosa de 2022, o relatório destaca que a seca retornou em julho de 2023, afetando inicialmente 33,7% das áreas.
A expressão “seca relativa” utilizada pelo Monitor indica a disparidade entre as condições de precipitação esperadas para determinado período e local em comparação com as observadas.
O relatório ressalta a expansão da seca fraca no norte do estado, sinalizando um agravamento da situação. A população cearense enfrenta, assim, desafios relacionados à escassez hídrica, exigindo atenção e ações estratégicas para mitigar os impactos.