Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Instituto Butantan

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14/04/2025

Categoria: Notícias

Vacina contra chikungunya Instituto Butantan

Vacina contra chikungunya Instituto Butantan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina contra a chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União.

Vacina já havia sido aprovada nos EUA

O imunizante já possui aprovação nos Estados Unidos desde 2023. No Brasil, ele poderá ser aplicado em pessoas com 18 anos ou mais. No entanto, para ser oferecido na rede pública, ainda é necessária a análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Alta eficácia comprovada em testes

Nos testes clínicos conduzidos com adolescentes brasileiros, a vacina demonstrou índices expressivos de proteção:

  • 100% dos voluntários com infecção prévia desenvolveram anticorpos neutralizantes;
  • 98,8% dos que nunca tiveram contato com o vírus também geraram resposta imune;
  • Após seis meses, 99,1% dos vacinados ainda estavam protegidos.

Esses resultados reforçam a eficácia e segurança do imunizante, que poderá ser uma ferramenta fundamental no combate à chikungunya no Brasil, especialmente em regiões com alta circulação do vírus.

Transmissão e contexto

A chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. Ela provoca febre alta, dores intensas nas articulações, fadiga e, em alguns casos, sintomas persistentes por meses.

Com a aprovação da vacina, o país dá um passo importante no fortalecimento da prevenção a doenças tropicais e no enfrentamento de surtos em áreas vulneráveis. A inclusão do imunizante no calendário do SUS poderá ampliar significativamente o alcance da proteção à população.

Agora, os próximos passos dependem da avaliação da Conitec, que analisará a viabilidade de incorporação da vacina à rede pública. A expectativa é que, com o aval, o imunizante passe a ser oferecido nos postos de saúde, ampliando o acesso à proteção contra a chikungunya.

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